sexta-feira, 29 de abril de 2016

Sorrir

Após tanto tempo de caminhada, nem sempre por terrenos planos e fáceis de percorrer, fui fazendo inúmeras aprendizagens.
De vez em quando ainda recuo, como que desaprendendo lições passadas, mas lá diz o velho ditado"Só esquece a quem não aprendeu..."
Acabo sempre por tomar consciência e alcançar o ponto onde me encontrava.
Mas hoje quero falar de Sorrisos!
Um sorriso pode ser um bálsamo ou uma arma.
É um bálsamo milagroso quando o usamos como gesto de amor, para nós mesmos, para aliviar a dor de alguém, ou para encorajar a enfrentar uma situação menos agradável.
Sorrir para a criança que temos dentro de nós, acalma-nos e ajuda a encontrar a paz interior.
Sorrir para nós mesmos quando enfrentamos uma dificuldade, ou quando cometemos um deslize de que nos arrependemos é um acto de consolo, que nos dará força e ânimo para evoluir, reparando aquilo que puder ser reparado.
Sorrir para quem encontramos na rua, pode salvar o dia de alguém e pelo menos torná-lo mais luminoso.
Se estivermos atentos quando caminhamos e observarmos o semblante daqueles com quem nos cruzamos, vamos reparar em quem precisa mesmo de um sorriso iluminado e iremos sentir e reconhecer os sorrisos que recebemos...
É um bom exercício para testar a nossa capacidade em observar... de manter um estado de plena consciência do momento presente...
Mas o Sorriso pode ser também uma boa arma, junto com o silêncio.
Em vez de nos desgastarmos em discussões com aquelas pessoas que infelizmente não aprenderam ainda a usar o seu tempo de vida, iluminemos a sua escuridão com um sorriso silencioso e sigamos o nosso caminho.
Se olharmos para trás, poderemos ver a sua expressão de frustração... Não conseguiram o seu objectivo que era tirar-nos aquilo que mais nos invejam: a nossa Paz Espiritual.
Por tanto que caminhei por subidas a pique e descidas abruptas, hoje tenho mais sorrisos que lágrimas, porque me amo acima de tudo, porque gosto de ver Alegria e Felicidade ao meu redor e porque tenho compaixão por quem ainda não aprendeu que o tempo é precioso e finito e devemos usá-lo em função da Paz e do Amor...
Por tudo isto não me canso em usar o Sorriso, essencialmente como bálsamo, mas sempre que a minha paz fica em perigo, não me coíbo de usá-lo como arma...



quarta-feira, 27 de abril de 2016

Destino e Livre Arbítrio

Tanto tempo sem passar por aqui e vou escolher logo um tema tão polémico...
Mas pela data que hoje eu e o meu companheiro celebramos, é pertinente reflectir sobre o tema.
Em parte acredito no Destino. Acredito que há um caminho traçado, talvez previamente escolhido por nós mesmos...
Acredito contudo que tenhamos uma palavra a dizer sobre a forma como vamos segui-lo. Se mais depressa ou mais devagar... se com umas pessoas ou com outras... tomando uma ou outra decisão...
Acredito que tudo seja colocado no nosso caminho, mas nós temos a liberdade de aceitar ou rejeitar.
Penso no meu percurso de vida e na forma como o amor chegou até mim, ou eu cheguei até ao amor...
Os dois homens que me fizeram sentir o amor, na forma mais comum como o conhecemos, chegaram até mim de modo muito semelhante.
Diria mesmo que quase igual, variando apenas o veículo que os trouxe, motivado pela mudança dos tempo e das tecnologias...
Ambos eram perfeitos desconhecidos e ambos chegaram até mim por uma série de "acasos"... Os tais acasos a que chamo Destino.
Quando chegaram estava a viver um período algo semelhante.
Na adolescência lutava contra a não aceitação, incompreensão e uma completa  falta de auto-estima.
Desta vez, era mais uma necessidade de voltar a ter quem me perguntasse como tinha sido o meu dia... como tinha passado a noite... o que estava a sentir.... o que me apetecia dizer...
Estava com a aprendizagem de viver sozinha em amplo progresso e a solidão já era uma companhia aceitável, mas não receber respostas das mil e uma escritas com que libertava a alma, já me pesava...
Quando a Vida me acenou com a possibilidade de, o que exprimia com as teclas, ter resposta, fiquei tentada a aceitar tal presente...
No momento da decisão, tive sensações semelhantes, às de, há muito tempo atrás, quando coloquei na caixa do correio o primeiro aerograma que escrevi ao meu companheiro de longa jornada.
Também tal como da outra vez, a voz interior, aquela a quem chamo Sábio Interior, incitava-me a seguir adiante...
Também da primeira vez foi a Intuição que me guiou. Com ela senti que havia honestidade e sensibilidade nas palavras que lia naquela simples folha de papel sem rosto... esse rosto que chegou bem mais tarde, a preto e branco...
Desta vez olhando o rosto em muitas fotos a cores e analisando muitas publicações, descobri que havia naquele homem aquilo que para mim era importante, aquilo que sempre valorizei ao longo do meu percurso: honestidade, pureza de sentimentos e verdade.
Assim, deixei-me guiar pelo meu Sábio Interior e hoje apenas posso estar Grata e Feliz por ter dominado o Medo de aceitar este desafio da Vida e  ter tido a Coragem de enfrentar opiniões alheias...